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Ultrassom na investigação da infertilidade

Por Prof. Dr. Gustavo André

O ultrassom é um exame de imagem não invasivo, que utiliza um aparelho chamado transdutor para enviar pulsos de ondas sonoras inaudíveis e de alta frequência ao corpo. Quando refletem em órgãos, fluidos e tecidos, o transdutor as transforma em imagens transmitidas para um monitor em tempo real. 

Os princípios que inspiraram o desenvolvimento da tecnologia são os mesmo utilizados por alguns animais, como o morcego e o golfinho para orientar sua trajetória na natureza, o que é chamado de ecolocalização. Também foram referência para o desenvolvimento do sonar de navios, por exemplo. 

O ultrassom é um dos exames mais solicitados no mundo todo, inclusive na investigação da infertilidade feminina e masculina, possibilitando a detecção de diversas condições que podem resultar no problema. Com o desenvolvimento tecnológico, as imagens podem hoje ser geradas inclusive em 3D ou 4D, o que permite uma visualização detalhada da região pesquisada. 

Também tem um papel importante nas técnicas de reprodução assistida, auxiliando diferentes procedimentos. 

Para saber mais sobre o ultrassom na investigação da infertilidade de homens e mulheres, continue a leitura deste texto até o final, que aborda, ainda, o papel do exame nos tratamentos de reprodução assistida. Boa leitura!

Indicações do ultrassom para pesquisa da infertilidade masculina

Quando há suspeita de infertilidade masculina, o ultrassom é o primeiro exame de imagem solicitado para analisar os órgãos reprodutores masculinos e pesquisar as causas. Dois tipos são geralmente solicitados, a ultrassonografia da bolsa testicular com Doppler e a ultrassonografia abdominal ou suprapúbica. 

Ambos utilizam um gel de contato entre o transdutor e a pele, adaptado à anatomia da região, para melhorar a condução das ondas sonoras. 

A ultrassonografia testicular pode ser indicada para avaliar condições que podem interferir na espermatogênese, processo de produção dos espermatozoides que ocorre nos túbulos seminíferos, localizados nos testículos, nos casos em que o espermograma indica baixa concentração de gametas (oligozoospermia) ou a ausência deles no sêmen (azoospermia). Entre as detectadas pelo exame que podem causar o problema, estão: 

  • Varicocele: doença caracterizada pela dilatação das veias do cordão espermático, que sustenta os testículo na bolsa testicular;
  • Orquite: inflamação dos testículos, geralmente causada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e gonorreia, que também pode interferir na qualidade dos gametas; 
  • Torção testicular, rotação dos testículos e o consequente estrangulamento de seu suprimento sanguíneo, o que pode ocasionar necrose no tecido testicular.

Além disso, a ultrassonografia da bolsa testicular pode ser indicada quando há suspeita da presença de tumores benignos ou malignos nos testículos.

Outras inflamações consequentes de ISTS que afetam os órgão reprodutores masculinos, como a epididimite, dos epidídimos, e a prostatite, da próstata, podem ser detectadas pela ultrassonografia abdominal:

  • Epididimite: a inflamação dos epidídimos, ductos em que os espermatozoides ficam armazenados após a produção para amadurecerem e ganharem motilidade, pode provocar a formação de aderências, que impedem a ou dificultam o transporte dos gametas para serem ejaculados, resultando, da mesma forma, em oligozoospermia ou azoospermia;
  • Prostatite: a inflamação da próstata pode causar alterações na composição do líquido prostático, que forma o sêmen e ajuda a proteger e nutrir os espermatozoides, comprometendo, nesse caso, a qualidade dos gametas masculinos.

A ultrassonografia abdominal verifica ainda possíveis problemas nas vesículas seminais, responsável pela produção de 80% do líquido seminal que forma o sêmen, assim como, em alguns casos a avaliação da próstata pode ser feita como opção primária ou complementar pela ultrassonografia transretal. 

De acordo com os resultados do ultrassom, outros exames de imagem podem ser ainda solicitados de forma complementar, como por exemplo, a ressonância magnética.

Indicações do ultrassom para pesquisa da infertilidade feminina

Quando há suspeita de infertilidade feminina, o ultrassom poder ser realizado ainda durante a primeira consulta. Duas modalidades são as mais indicadas, a ultrassonografia transvaginal ou endovaginal, em que o transdutor, com formato adaptado é inserido pela vagina, ou a ultrassonografia abdominal. 

Muitas vezes, as duas são utilizadas em associação para analisar os órgãos reprodutores femininos e indicadas para pesquisar as seguintes condições: 

  • Nos ovários: síndrome dos ovários policísticos (SOP): distúrbio endócrino, que causa um desequilíbrio hormonal e a formação de múltiplos cistos nos ovários em alguns casos, cuja principal consequência é anovulação crônica, ou ausência de ovulação, e, endometriomas, um tipo de cisto característico da endometriose, doença em que ocorre o crescimento de um tecido semelhante ao endométrio em locais ectópicos, que tendem a causar danos nos folículos ao redor e, assim, a redução da reserva ovariana, assim como distúrbios na ovulação;
  • Nas tubas uterinas: dilatações tubárias, conhecidas como hidrossalpinges, que podem ser consequência da salpingite, inflamação das tubas, ou da endometriose;
  • No útero: miomas uterinos, tumores benignos que podem crescer próximo ao endométrio, camada interna na qual o embrião se implanta para dar início à gestação, levando a falhas de implantação e abortamento; endometrite, inflamação do endométrio e pólipos endometriais, que também pode resultar em falhas e abortamento; malformações uterinas congênitas, adenomiose, sinequias uterinas, que podem causar distorções na anatomia dificultando ou impedindo o desenvolvimento da gravidez. 

Outros exames de imagem podem ser ainda solicitados de forma complementar, como a histerossalpingografia e a ressonância magnética. 

Os resultados proporcionados pelo ultrassom e exames complementares, orientam o tratamento mais adequado em cada caso, sempre individualizado. Entre as opções estão as técnicas de reprodução assistida, consideradas o tratamento padrão para infertilidade feminina e masculina. O ultrassom, é igualmente importante para orientar diferentes procedimentos realizados durante o tratamento.

Ultrassom na reprodução assistida

Em todas as técnicas de reprodução assistida a primeira etapa é a estimulação ovariana, procedimento que utiliza medicamentos hormonais para induzir o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos. O desenvolvimento folicular é acompanhado pela ultrassonografia transvaginal, realizada periodicamente.

Na fertilização in vitro (FIV), técnica em que a fecundação acontece em laboratório e os embriões são transferidos ao útero após alguns dias de desenvolvimento, os folículos maduros, que contêm o óvulo, são coletados por aspiração folicular, procedimento guiado pela ultrassonografia transvaginal. 

A transferência dos embriões ao útero também é feita com auxílio do ultrassom, nesse caso, da ultrassonografia abdominal.

Além de investigar a infertilidade feminina e masculina, portanto, o ultrassom também é fundamental para garantir o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida e, assim, da gravidez. Da mesma forma que é o exame indicado para acompanhar o desenvolvimento fetal durante o período gestacional. Compartilhe esse texto nas redes sociais e informe aos seus amigos!

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2025 ©Todos os direitos reservados. O conteúdo deste blog foi elaborado pelo Dr. Gustavo André e as informações aqui contidas têm caráter meramente informativo e educacional. Não devem ser utilizadas para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no blog são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.

Diretor Técnico: Dr. Gustavo Mendonça André • CRM 117.125 • RQE 27136

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