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O que é infertilidade?

Por Prof. Dr. Gustavo André

A organização mundial de saúde (OMS) estima que 1 a cada 10 casais sofre com infertilidade no mundo todo. Os números atualmente são tão altos, que a doença passou a ser considerada questão de saúde pública mundial. 

Apesar de os percentuais demonstrarem que a infertilidade é mais comum do que se imagina, ainda continua a carregar estigmas como falha ou fraqueza, despertando sentimentos como culpa e levando ao desenvolvimento de transtornos emocionais; depressão e ansiedade estão entre os mais comuns, embora a fobia social também figure nos primeiros lugares. 

Historicamente, era atribuída às mulheres, que recebiam rótulos dolorosos, aumentando ainda mais o sofrimento provocado pela incapacidade de ter filhos. Porém, sabe-se hoje que os fatores masculinos contribuem em igual proporção. 

Por outro lado, desde a Idade Antiga alguns povos, como os egípcios e os gregos, já entendiam que a dificuldade em conceber era um problema médico que precisava ser diagnosticado e tratado. 

Ao longo dos anos, com o progresso científico foram delineados os tratamentos iniciais, mas foi apenas no século vinte, com o desenvolvimento tecnológico e avanços nas técnicas diagnósticas, que surgiu uma resposta mais definitiva para solucionar o problema. Na década de 1970, nasceu o primeiro bebê concebido pela fertilização em laboratório, tornando-se um importante marco na medicina moderna. 

A técnica que proporcionou esse nascimento é conhecida como fertilização in vitro (FIV), e foi inicialmente desenvolvida para solucionar a infertilidade feminina por obstruções tubárias, uma das causas mais comuns. 

A FIV é uma das técnicas de reprodução assistida, especialidade médica que tem como objetivo auxiliar a reprodução humana. Outras duas compõem o conjunto, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA). 

Juntas, proporcionam hoje o tratamento de praticamente todos os fatores de infertilidade femininos e masculinos, com sucesso gestacional na grande maioria dos casos, dissipando a percepção negativa sobre o problema. 

Este texto aborda detalhadamente a infertilidade, destaca as possíveis causas e os tratamentos disponíveis. Continue a leitura para saber mais!

O que é infertilidade?

Infertilidade é a incapacidade de conceber após um ano de relações sexuais sem o uso de qualquer quer método contraceptivo e sem obter sucesso. 

A definição da infertilidade como doença é feita pela OMS, por meio da classificação internacional de doenças (CID), e considera o fato de a fertilidade ser uma qualidade natural, uma potencialidade do organismo que permite a reprodução da espécie humana. 

Diferentes condições podem causar alterações na capacidade reprodutiva de homens e mulheres ao interferirem no funcionamento adequado dos órgãos reprodutores. Nas mulheres, por exemplo, podem resultar em distúrbios de ovulação, obstruções das tubas uterinas, e anormalidades uterinas. 

Nos homens são mais comuns obstruções que impedem ou dificultam o transporte dos espermatozoides, interferências no processo de produção e qualidade dos gametas masculinos, assim como outras anomalias seminais.

Durante a fase fértil, várias doenças comuns levam a esses problemas. Abaixo, elencamos as principais causas da infertilidade feminina e masculina:

Principais causas da infertilidade feminina

  • Idade: a idade é considerada a principal causa da infertilidade feminina. As mulheres já nascem com uma reserva ovariana definida, termo que descreve a quantidade de folículos, bolsas que armazenam os óvulos primários, presentes nos ovários, que diminui a cada ciclo menstrual. A partir dos 35 anos, a queda é mais acentuada, até os folículos se esgotarem na menopausa, quando ocorre a falência da função dos ovários; 
  • Distúrbios de ovulação: os distúrbios de ovulação são a causa mais comum da infertilidade feminina por doenças. Têm como característica alterações no processo de desenvolvimento, amadurecimento ou rompimento dos folículos, resultando em anovulação, ausência de ovulação, ou oligovulação, ovulação irregular. Geralmente são motivados pelo desequilíbrio hormonal, provocado por doenças como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios da tireoide e da produção do hormônio prolactina, além da endometriose, que pode alterar a qualidade da ovulação, diminuindo a produção hormonal que favorece a implantação;
  • Obstruções tubárias: a obstrução das tubas uterinas é a segunda causa mais frequentemente relatada. Na maioria dos casos é provocada por aderências formadas pelo processo inflamatório das tubas, salpingite, um dos efeitos da doença inflamatória pélvica (DIP), em que bactérias, entre elas as sexualmente transmissíveis, ascendem da vagina ao útero e se espalham. Ou, ainda, pelo processo inflamatório característico da endometriose;
  • Anormalidades uterinas: a endometrite, inflamação do endométrio também consequente da DIP, tende a interferir na receptividade endometrial, provocando falhas na implantação do embrião e abortamento. Endométrio é o tecido de revestimento uterino no qual o embrião se implanta, evento que marca o início da gestação. Os miomas submucosos, localizados próximos ao endométrio também podem causar essa interferência, assim como os pólipos endometriais e a adenomiose (inflamação crônica da parede muscular uterina). Miomas e pólipos, em tamanhos e quantidades maiores podem ainda resultar em distorções da anatomia uterina. 

Além disso, a DIP pode causar a inflamação dos ovários, ooforite, que interfere no processo de desenvolvimento folicular e na qualidade e quantidade dos óvulos, assim como as aderências podem impedir ovulação. 

Principais causas da infertilidade masculina

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia, podem igualmente provocar a DIP nos homens, cujas consequências são processos inflamatórios como a epididimite, dos epidídimos, orquite, dos testículos e prostatite, da próstata. 

A orquite pode interferir na produção dos espermatozoides, espermatogênese, que acontece nos túbulos seminíferos, localizados nos testículos, e na qualidade dos gametas masculinos. Enquanto na epididimite, a formação de aderências impede ou dificulta o transporte dos espermatozoides para serem ejaculados. Os epidídimos são os ductos em que os espermatozoides adquirem motilidade; ficam armazenados após serem produzidos até amadurecerem.

A principal consequência da orquite e epididimite é a ausência de espermatozoides no sêmen, condição chamada azoospermia, que pode ser ainda provocada por uma doença masculina bastante comum, a varicocele, caracterizada pela dilatação das veias do cordão espermático, que drenam o sangue dos testículos. 

Já a prostatite pode alterar a composição do líquido prostático, que compõe o sêmen e ajuda na proteção e nutrição dos espermatozoides, levando a alterações na qualidade.

Hábitos de vida, como alimentação inadequada, uso excessivo de álcool ou drogas recreativas, tabagismo, sedentarismo e prática intensa de exercícios físico são considerados fatores de risco para a infertilidade feminina e masculina.

Conheça os tratamentos disponíveis para infertilidade

O tratamento da infertilidade é sempre individualizado, indicado a partir dos resultados apontados por diferentes exames diagnósticos. Inicialmente, tem como objetivo os cuidados com a causa que levou à dificuldade reprodutiva, o que pode ser feito por medicamentos ou cirurgia. 

Muitas vezes, apenas as abordagens primárias possibilitam a restauração da fertilidade e a obtenção da gravidez. Quando isso não acontece, as técnicas de reprodução assistida ajudam a aumentar as chances. 

Os tratamentos medicamente assistidos podem ser ainda utilizadas como primeira opção, de acordo com cada caso. As técnicas de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), são indicadas para infertilidade mais leve, pois a fecundação acontece naturalmente nas tubas uterinas. Enquanto a fertilização in vitro (FIV), mais complexa, que prevê a fecundação em laboratório, proporciona o tratamento de infertilidade mais grave. 

Todas, quando bem indicadas, possibilitam a gravidez. Assim, apesar de todos os estigmas, a infertilidade, hoje, tem tratamento na maioria dos casos.

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