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Adenomiose: conheça os sintomas

Por Prof. Dr. Gustavo André

Algumas doenças femininas já são bastante conhecidas pelas mulheres, por seus efeitos para a fertilidade e saúde em geral, como outros sintomas, muitas vezes dolorosos, que comprometem, inclusive, a qualidade de vida das portadoras.

Entre elas pode-se citar a endometriose, os miomas uterinos, os pólipos endometriais e a síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo, comuns durante a fase reprodutiva. 

A adenomiose, por outro, apesar de ser pouco conhecida, também pode resultar em diferentes problemas e não é raro sua presença durante a fase fértil, embora estudos indiquem que mulheres com mais de 40 anos nulíparas, ou seja, nunca tiveram filhos, tenham mais risco de desenvolver a doença.

Saber identificar os sintomas da adenomiose é um importante recurso para assegurar que diagnóstico e tratamento sejam feitos precocemente, evitando, dessa forma, maiores danos. Continue a leitura até o final para conhecê-los. Confira!

O que é adenomiose

Além de ser o maior órgão do sistema reprodutor feminino, o útero se destaca pelo papel importante que desempenha no processo gestacional; abrigar, nutrir e proteger o embrião-feto até o nascimento. 

Oco e em formato de pera invertida, tem três partes principais, corpo do útero, istmo do útero e colo do útero. O corpo do útero, a maior, é formado por três camadas de revestimento, endométrio, interna, miométrio, intermediária e perimétrio ou serosa, externa. 

O endométrio é um tecido epitelial altamente vascularizado, que sofre diferentes alterações durante o ciclo menstrual para receber um possível embrião formado na fecundação. Nessa camada uterina ele se implanta para dar início à gestação. Se não houver fecundação, descama, originando a menstruação e um novo ciclo menstrual. 

O miométrio é formado por células musculares e é responsável por auxiliar as contrações na hora do parto e para expulsão do sangue menstrual. 

A adenomiose é uma doença em que um tecido semelhante ao endométrio cresce no miométrio. É classificada como focal, quando um ou mais focos estão localizados em uma determinada região do miométrio, ou como difusa, se diferentes focos se espalharem. 

Embora a causa exata desse crescimento permaneça desconhecida, algumas teorias sugerem que:

  • as células endometriais foram depositadas no miométrio ainda durante o desenvolvimento intrauterino;
  • a invasão das células endometriais ocorre como consequência da inflamação do endométrio, endometrite, ou de cirurgia;
  • é resultado do crescimento e diferenciação em células endometriais a partir de células-tronco da medula óssea.

Ainda que a adenomiose seja frequentemente confundida com a endometriose, elas se diferenciam no local de crescimento do tecido ectópico e sintomatologia. Na endometriose, cresce fora do útero, em locais próximos como o peritônio, as tubas uterinas, os ovários, a bexiga e o intestino. 

Por outro lado, ambas compõem o grupo das doenças classificadas como estrogênio-dependentes, assim como os miomas uterinos e os pólipos endometriais, ou seja, têm seu desenvolvimento estimulado por esse hormônio. 

Principais sintomas da adenomiose

A presença do tecido anormal no miométrio leva à um processo inflamatório com formação de pequenas bolsas e que estimula o surgimento de possíveis sintomas, muitas vezes severos, embora a adenomiose geralmente seja assintomática nos estágios iniciais ou provoque apenas um desconforto.

Ao reagir à ação do estrogênio como endométrio normal, além de desenvolver o tecido ectópico pode descamar e sangrar, aumentando o fluxo sanguíneo e a intensidade de sintomas comuns ao período menstrual, como as cólicas, impactando a qualidade de vida das mulheres portadoras. 

Assim, à medida que a doença se desenvolve, podem surgir sintomas como: 

  • cólicas durante a menstruação (dismenorreia);
  • aumento do fluxo menstrual, muitas vezes prolongado; 
  • dor durante as relações sexuais (dispareunia);
  • aumento do volume uterino;
  • sensibilidade uterina; 
  • inchaço, ou pressão abdominal; 
  • anemia como consequência do sangramento excessivo;
  • infertilidade.

A infertilidade, segundo estudos, surge como consequência das bolsas que se formam, que inflama e podem causar hipermobilidade uterina irregular, inibindo o transporte de espermatozoides até as tubas uterinas, dificultando a fecundação, ou comprometendo o transporte a implantação do embrião, resultando em falhas e abortamento. 

Quando o embrião se implanta, essas bolsas podem comprometer, ainda, a formação da placenta, o que, consequentemente impede o desenvolvimento do embrião, provocando igualmente a perda da gravidez. 

No entanto, apesar de a adenomiose ser uma doença crônica, quando diagnosticada e tratada precocemente, os sintomas podem ser rapidamente aliviados ou mesmo não ocorrer. Mulheres com infertilidade causada pela doença, por outro lado, podem contar com a reprodução assistida para engravidar. 

Diagnóstico da adenomiose, tratamento e reprodução assistida 

A adenomiose é confirmada principalmente por exames de imagem, que podem detectar a presença do tecido anormal no miométrio e excluir a incidência de outras doenças estrogênio-dependentes que causam sintomas semelhantes, incluindo a endometriose, os miomas uterinos e os pólipos-endometriais. 

Porém, apenas a análise histológica do útero, quando há a remoção do órgão, permite o diagnóstico definitivo.

O tratamento, por outro lado, considera critérios como a severidade dos sintomas e o desejo de engravidar no momento. Para as mulheres que não têm a intenção de engravidar e apresentam apenas sintomas leves ou moderados, geralmente são prescritos medicamentos hormonais para suspender a menstruação e minimizar a ação do estrogênio, analgésicos e anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) para aliviar dor e inflamação.

Para mulheres com sintomas severos ou que desejam engravidar, a cirurgia pode ser indicada para a remoção dos focos da doença. Porém, somente é eficaz se o tecido anormal não tiver penetrado profundamente o miométrio.

Nesse caso, se os sintomas forem severos e a mulher não desejar mais engravidar, pode ser indicada a remoção do útero, procedimento denominado histerectomia e, se houver o desejo, o tratamento por fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida em que a fecundação é realizada em laboratórios e os embriões são posteriormente transferidos diretamente ao útero materno após alguns dias de desenvolvimento. 

Antes de o tratamento com a técnica iniciar o útero é preparado adequadamente para receber o embrião por medicamentos que melhoram a receptividade do endométrio. 

Agora que você já sabe identificar os sintomas da adenomiose, doença que apesar de comum é pouco conhecida, compartilhe o texto nas redes sociais e informe também aos seus amigos para que eles também aprendam a reconhecê-la.

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2025 ©Todos os direitos reservados. O conteúdo deste blog foi elaborado pelo Dr. Gustavo André e as informações aqui contidas têm caráter meramente informativo e educacional. Não devem ser utilizadas para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no blog são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.

Diretor Técnico: Dr. Gustavo Mendonça André • CRM 117.125 • RQE 27136

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