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O que é FIV? Quais são as etapas?

Por Prof. Dr. Gustavo André

A reprodução assistida é uma área da medicina reprodutiva que contempla o uso de diferentes técnicas e procedimentos para possibilitar a gravidez de pessoas diagnosticadas com infertilidade.

As três principais, classificadas de acordo com a complexidade dos tratamentos, são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). As duas primeiras são consideradas de baixa complexidade, pois preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas, enquanto na FIV, de alta complexidade, é realizada em laboratório. 

Após a fecundação, os embriões se desenvolvem por alguns dias, também em laboratório, e são transferidos ao útero materno. 

Continue a leitura deste texto até o final para saber melhor o que é FIV e entender como é realizado o tratamento com a utilização da técnica. Nele, detalhamos as principais etapas. Confira!

O que é FIV?

A FIV é considerada atualmente a principal técnica de reprodução assistida, porém os estudos para gerar uma vida em laboratório iniciaram ainda no final dos anos 1800, quando um professor da universidade de Cambridge, na Inglaterra, registrou o primeiro caso em coelhos. 

A possibilidade de reproduzir o processo em humanos, entretanto, parecia ser apenas roteiro de ficção científica. Em 1932, por exemplo, o escritor inglês Aldous Huxley descreveu a técnica em seu romance ‘Admirável mundo novo’. 

No entanto, na década de 1970 se tornou realidade com o nascimento do primeiro bebê, Louise Brown, após seus pais não conseguirem conceber naturalmente por um período de 9 anos devido a bloqueios tubários. Surgia como solução para um dos problemas mais comuns de infertilidade feminina. 

Com o desenvolvimento tecnológico, a FIV também evoluiu. Os avanços foram tão significativos que atualmente permite o tratamento de praticamente todas as causas de infertilidade, feminina e masculina, ao mesmo tempo que atende a outras demandas reprodutivas. 

Agora que você já sabe o que é FIV, conheça as principais etapas do tratamento. 

Quais são as etapas da FIV?

Quando o casal enfrenta dificuldades para engravidar, na primeira consulta com o especialista em reprodução humana são analisados critérios como a idade, tempo de tentativa, histórico clínico pessoal e familiar e possíveis sintomas associados ao problema. 

Posteriormente, a saúde reprodutiva de ambos é investigada por diferentes exames laboratoriais e de imagem para identificar e causa e determinar o plano terapêutico mais adequado em cada caso. Na FIV, além das etapas principais pode ser necessária a aplicação de técnicas complementares para solucionar diferentes problemas que interferem nas taxas de sucesso. 

O tratamento é realizado em cinco etapas principais: estimulação ovariana e indução da ovulação, aspiração folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões. Veja abaixo como cada uma delas funciona:

Estimulação ovariana e indução da ovulação

Na primeira etapa da FIV a mulher recebe medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de uma quantidade maior de folículos ovarianos, estruturas que armazenam o óvulos primários, uma vez que no ciclo natural apenas um deles, entre os vários recrutados, conclui esse processo: desenvolve, amadurece e se rompe liberando o óvulo na ovulação. 

Os medicamentos são administrados desde o início do ciclo menstrual, nos primeiros dias da menstruação. Para acompanhar o desenvolvimento dos folículos são realizados periodicamente exames de ultrassonografia transvaginal. Quando eles atingem o tamanho ideal, novos medicamentos são administrados para induzi-los ao amadurecimento final e rompimento. 

Punção folicular e preparo seminal

Após a administração dos medicamentos indutores, os folículos são individualmente coletados por um procedimento chamado de punção folicular, que utiliza uma fina agulha acoplada a uma seringa. Guiado por ultrassom, proporciona a coleta de cada folículo maduro para que os óvulos sejam posteriormente extraídos e selecionados em laboratório. 

Simultaneamente à punção folicular são coletadas amostras de sêmen do parceiro (em geral, por masturbação em sala de coleta apropriada), que são submetidas ao preparo seminal, técnica que capacita e seleciona os melhores espermatozoides por diferentes métodos. 

Fecundação

A fecundação é realizada em laboratório com os melhores gametas selecionados. O principal método utilizado é a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada um é injetado diretamente no óvulo com auxílio um micromanipulador de gametas, o que aumenta bastante as chances de sucesso, pois na fecundação natural o espermatozoide precisa romper diferentes barreiras para penetrar o óvulo. 

Cultivo embrionário

Os embriões formados na fecundação são acomodados em incubadoras, com meios de cultura que simulam o ambiente uterino, e se desenvolvem por até 6 seis dias. O desenvolvimento embrionário é acompanhado diariamente por um embriologista, permitindo determinar os mais saudáveis, que vão ser transferidos ao útero, e a fase mais adequada, em cada caso, para que isso aconteça. 

Transferência de embriões

Na última etapa da FIV os embriões são transferidos ao útero materno. A transferência pode ser feita em duas fases de desenvolvimento: D3 ou clivagem, entre o segundo e terceiro dia; ou estágio de blastocisto, entre o quinto e sexto dia. 

A transferência em estágio de clivagem atualmente está reservada para os casos em que há poucos embriões em desenvolvimento ou quando eles parecem ser mais frágeis, podendo ser mais favorável o desenvolvimento no ambiente uterino do que no laboratório.

O avanço dos meios de cultura possibilitou o cultivo por mais tempo, até o estágio de blastocisto. Por isso, sempre que possível opta-se por transferir os embriões nessa fase por diferentes motivos:

  • há maior sincronização fisiológica, pois é nesse estágio de desenvolvimento que ocorre a implantação na gestação natural; 
  • o blastocisto é mais resistente ao processo do congelamento, por isso é interessante, quando possível, aguardar este estágio. Congelar todos os embriões pode ser uma importante estratégia quando o endométrio não parece estar receptivo. Endométrio é o tecido de revestimento interno do útero no qual o embrião se implanta para dar início à gestação; 
  • na fase de blastocisto podem ser aplicadas técnicas complementares à FIV. Como o embrião já possui mais células, é possível analisá-las pelo PGT (teste genético pré-implantacional), que utiliza a tecnologia NGS, next generation sequencing ou sequenciamento de nova geração, para identificar distúrbios genéticos; 
  • a fase de blastocisto também possibilita o hatching assistido, técnica que prevê a criação de aberturas artificiais para facilitar a eclosão do embrião, processo em que ele rompe a zona pelúcida para se implantar, camada que o protege nos primeiros dias.

Além dessas, outras complementares ao tratamento podem ser utilizadas. Exemplos incluem o teste ERA, que analisa os genes envolvidos no ciclo endometrial por NGS, indicando o período mais receptivo para a transferência dos embriões.

Quando a FIV é indicada?

Atualmente, a FIV proporciona a solução da maioria das demandas reprodutivas, não apenas aquelas consequentes de fatores de infertilidade, mas também permite que casais homoafetivos e pessoas solteiras tenham filhos biológicos, assim como evita a transmissão de doenças genéticas para as futuras gerações pelo PGT, que pode ser feito apenas no tratamento com a técnica. 

Os percentuais de sucesso gestacional são os mais altos da reprodução assistida. Desde o nascimento de Louise Brown na década de 1970, época em que se tornou popularmente conhecida, é responsável pelo nascimento de milhares de crianças no mundo todo. 

Porém, os percentuais variam de acordo com critérios como idade e qualidade dos gametas. Ou seja, podem ser ainda mais altos se o tratamento for realizado por casais mais jovens com óvulos e espermatozoides saudáveis. 

Saber o que é FIV é fundamental para os casais em tentativa de engravidar. Compartilhe esse texto nas redes sociais e divulgue a informação para todos os seus amigos!

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2025 ©Todos os direitos reservados. O conteúdo deste blog foi elaborado pelo Dr. Gustavo André e as informações aqui contidas têm caráter meramente informativo e educacional. Não devem ser utilizadas para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no blog são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.

Diretor Técnico: Dr. Gustavo Mendonça André • CRM 117.125 • RQE 27136

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