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Mioma: veja o que é

Por Prof. Dr. Gustavo André

As mulheres têm um tempo limitado de fertilidade. Chamado de idade fértil, inicia na puberdade com a primeira menstruação e se encerra na menopausa, etapa marcada pela última. 

Durante esse período é utilizada a reserva ovariana, termo que descreve a quantidade de folículos, estruturas que contêm o óvulo imaturo, armazenados nos ovários desde o nascimento. 

Assim, naturalmente a capacidade reprodutiva se torna menor à medida que a mulher envelhece, da mesma forma que diferentes doenças podem impedir ou dificultar o sucesso gestacional durante a fase fértil. 

O mioma uterino, também chamado de leiomioma, é uma das patologias mais comuns. Apesar de ser um tumor benigno, alguns tipos podem causar alterações em etapas essenciais para o sucesso da gravidez, efeitos obstétricos adversos, bem como outros sintomas, muitas vezes severos, que comprometem de diversas formas a qualidade de vida das mulheres portadoras. 

Acompanhe o texto até o final e veja o que é mioma, quais as possíveis causas, os principais sintomas, diagnóstico e tratamento, inclusive quando a infertilidade é uma das consequências. Confira!

O que é o mioma uterino?

Útero, ovários e tubas uterinas, que os conecta, são os principais órgãos do sistema reprodutor feminino. A cada ciclo menstrual, os ovários liberam um óvulo para ser fecundado. Ele é capturado pelas tubas uterinas, local em que a fecundação acontece, também responsáveis por facilitar o transporte dos espermatozoides e do embrião formado na fecundação ao útero. 

O útero, maior órgão, abriga o embrião-feto até o nascimento. Muscular e oco, tem o formato de pera invertida e é dividido em três partes, corpo, istmo e colo do útero. O corpo do útero, maior porção, também possui três camadas de revestimento, endométrio, a interna, miométrio, a intermediária e perimétrio (ou serosa), a externa.

O endométrio é um tecido epitelial altamente vascularizado, no qual o embrião se implanta para dar início à gestação, enquanto o miométrio é formado por células musculares lisas, que facilitam as contrações na hora do parto e para expulsão do sangue menstrual, e o perimétrio é uma serosa, que protege o órgão na cavidade pélvica. 

O mioma uterino se desenvolve a partir uma única célula do miométrio, que se multiplica formando um tumor benigno. A causa exata ainda permanece desconhecida pela ciência, porém alguns fatores são apontados como de risco por diferente estudos. Entre eles estão a ascendência africana e a genética. 

  • Ascendência africana: mulheres de pele negra apresentam maior prevalência e sintomas mais graves; 
  • Genética: é alta a incidência registrada em mulheres que têm parentes de primeiro grau portadoras. 

Além disso, o mioma está entre as doenças estrogênio-dependentes, ou seja, que dependem da ação desse hormônio para desenvolver, responsável pelo preparo do endométrio durante o ciclo menstrual, tornando-o adequado para receber um possível embrião. 

Por isso, mulheres mais velhas, acima dos 40 anos, as que menstruaram precocemente ou nunca tiveram filhos, expostas por mais tempo ao hormônio, também fazem parte do grupo de risco. 

Miomas podem ser únicos ou múltiplos e são classificados em três tipos principais de acordo com o local de crescimento: se originam no miométrio, porém podem se projetar para as outras camadas uterinas. Veja abaixo:

  • Mioma intramural: é o tipo localizado apenas no miométrio; 
  • Mioma submucoso: se projetam para o interior da cavidade uterina, próximo ao endométrio;
  • Mioma subseroso: se projeta em direção ao perimétrio, camada externa. 

Os sintomas do mioma, incluindo alterações na fertilidade, são igualmente associados ao local de crescimento. 

Sintomas, diagnóstico e tratamento do mioma uterino

Nem todas as mulheres com miomas apresentam sintomas, porém, quando estão presentes, podem ser muitas vezes severos, comprometendo a qualidade de vida das portadoras, levando muitas vezes ao afastamento social e desenvolvimento de transtornos, como ansiedade e/ou depressão. Os mais comuns são:

  • Mioma submucoso: sangramento e cólicas severas entre os períodos menstruais, aumento excessivo do fluxo menstrual, muitas vezes prolongado, o que pode resultar em anemia; 
  • Mioma intramural: aumento do fluxo e cólicas severas durante o período menstrual; 
  • Mioma subseroso: por ter mais espaço para crescer, esse tipo de mioma pode atingir grandes dimensões e comprimir órgãos próximos, como a bexiga e o intestino, provocando micção frequente e urgente ou constipação, bem como em inchaço abdominal. 

No entanto, apenas dois tipos são associados à infertilidade feminina, o submucoso e o intramural. O submucoso, por estar localizado próximo ao endométrio pode causar interferências no preparo endometrial, levando a falhas na implantação do embrião e abortamento. Já o intramural, em tamanhos maiores pode provocar distorções na anatomia uterina, dificultando ou impedindo o desenvolvimento da gravidez. 

Ambos aumentam, ainda, as chances de efeitos obstétricos adversos, tais como parto prematuro, placentação anormal e RCIU (restrição de crescimento intrauterino), quando o bebê não atinge o peso normal durante a gravidez. 

O mioma é diagnosticado por exames de imagem. Muitas vezes é um achado incidental durante as avaliações de rotina com a ultrassonografia transvaginal. Quando o ultrassom for inconclusivo, é possível realizar o diagnóstico por meio da vídeo-histeroscopia diagnóstica, técnica que permite a visualização direta da cavidade uterina, identificando a localização e o tipo. 

A partir dos resultados diagnósticos, é definido o tratamento mais adequado para cada paciente, ou seja, é sempre individualizado. A conduta pode ser apenas expectante, se não houver nenhum sintoma, assim como considerar o desejo da mulher de engravidar no momento. 

Se não houver o desejo, por exemplo, e os sintomas forem mais leves, é feito o tratamento com medicamentos hormonais, que promovem a suspensão da menstruação e, consequentemente, a exposição menor ao estrogênio, levando à estabilização e às vezes até à redução do tumor. 

Para sintomas mais severos, incluindo infertilidade, e/ou se houver o desejo de engravidar, geralmente é indicada a remoção cirúrgica, procedimento conhecido como miomectomia, realizado por vídeo-histeroscopia cirúrgica na maioria dos casos. A cirurgia também é necessária para correção de possíveis anormalidades anatômicas consequentes de miomas intramurais. 

Nos casos em que a fertilidade não é restaurada após a remoção, é indicado, então, o tratamento por reprodução assistida.

Infertilidade e reprodução assistida

A fertilização in vitro (FIV) é a principal técnica de reprodução assistida indicada para o tratamento da infertilidade por diversos motivos. Prevê a fecundação em laboratório com posterior transferência dos embriões diretamente ao útero materno, depois de alguns dias de desenvolvimento. 

Na FIV, o endométrio pode ser previamente preparado por medicamentos hormonais sintéticos, semelhantes aos envolvidos no ciclo endometrial. Dessa forma, as chances de falhas na implantação do embrião são minimizadas. 

Os percentuais de sucesso gestacional proporcionados pela FIV são bastante expressivos e os mais altos da reprodução assistida. A técnica responde, anualmente, pelo nascimento de milhares de crianças no mundo todo. 

Assim, mesmo quando a infertilidade por mioma não é solucionada pelos tratamentos primários, ainda é possível engravidar com auxílio da FIV. 

Compartilhe esse texto nas redes sociais e informe aos seus amigos o que é mioma, as possíveis interferências na fertilidade, diagnóstico e tratamentos mais indicados em cada caso!

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