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Pólipo endometrial: conheça os sintomas

Por Prof. Dr. Gustavo André

O termo pólipo é usado para denominar o tecido que se desenvolve anormalmente em uma membrana mucosa. O pólipo endometrial, por exemplo, se forma a partir do crescimento anormal das células do endométrio, tecido de revestimento interno do útero, que sofre modificações durante o ciclo menstrual para receber um possível embrião. 

São formações sésseis ou pediculadas, quando se fixam ao endométrio por uma haste vascularizada, compostas por células que reproduzem as características desse tecido. Têm maior prevalência na pós-menopausa, embora possam surgir em qualquer idade. 

O pólipo endometrial geralmente é benigno e com baixo potencial de malignização, pode ter poucos milímetros ou vários centímetros, ocupando toda a cavidade uterina. Nem sempre apresenta sintomas, porém, quando isso acontece, tende a impactar a qualidade de vida das mulheres, bem como podem afetar a saúde reprodutiva, resultando, muitas vezes, em infertilidade. 

Por isso, conhecer os sintomas é um recurso importante para as mulheres em idade fértil ou em tentativa para engravidar, uma vez que eles funcionam como um alerta para a possibilidade da doença. Além disso, apesar de o potencial de malignidade ser baixo é importante que sejam observados.

Continue a leitura até o final para conhecer os principais sintomas do pólipo endometrial e tratamentos mais indicados em caso, inclusive quando eles afetam a capacidade de engravidar. Confira! 

Quais são os sintomas do pólipo endometrial? 

As causas que podem levar à formação do pólipo endometrial ainda permanecem desconhecidas pela ciência. No entanto, estudos destacam fatores de risco, incluindo o desequilíbrio nos níveis de estrogênio, hormônio que atua no preparo do endométrio tornando-o mais espesso e vascularizado para abrigar o embrião, obesidade e hipertensão arterial.

Endométrio é a camada em que o embrião se implanta, evento que marca o início da gestação. Se não houver fecundação, descama originando a menstruação e um novo ciclo menstrual. O pólipo endometrial se forma quando as células endometriais crescem desordenadamente.

A assintomatologia desses pólipos está principalmente associada aos estágios iniciais, quando podem, inclusive, retroceder naturalmente em muitos casos. Os sintomas normalmente ocorrem à medida que crescem e/ou se espalham pela cavidade uterina. O mais comum é o sangramento uterino anormal (SUA), que é um sangramento fora do padrão considerado normal.

Veja abaixo quais tipos de sangramento uterino anormal as mulheres com pólipo endometrial podem apresentar: 

  • Aumento excessivo da quantidade do fluxo menstrual (menorragia);
  • Sangramento entre os períodos menstruais;
  • Sangramento menstrual irregular;
  • Sangramento após as relações sexuais;
  • Sangramento após a menopausa.

Ainda que o SUA seja a manifestação mais comum, também podem ocorrer cólicas menstruais aumentadas antes e durante o período menstrual (dismenorreia), assim como a infertilidade. O pólipo endometrial pode interferir no preparo do endométrio, provocando falhas na implantação do embrião e abortamento. 

Pode, ainda, causar distorções anatômicas em tamanhos maiores ou quando se espalha pela cavidade uterina, o que compromete o desenvolvimento e sustentação da gravidez, levando, da mesma forma, à perda gestacional. 

Além disso, a presença de pólipos resulta em um processo inflamatório, cuja consequência é a formação de aderências, que podem, da mesma forma, levar a anormalidades na anatomia.

O diagnóstico do pólipo endometrial é feito por exames de imagem. Normalmente, o primeiro solicitado é a ultrassonografia transvaginal. Muitas vezes, inclusive, principalmente quando são assintomáticos, são incidentalmente descobertos quando esse exame é solicitado em avaliações de rotina. 

No caso dos pólipos, a ultrassonografia pode ser mais ou menos sensível para o diagnóstico, a depender da fase do ciclo que a mulher se encontra. É mais fácil identificá-lo na primeira fase – no período logo após o término da menstruação e anterior à ovulação. Com o recurso do Doppler, é possível identificar o vaso que nutre a lesão, aumentando ainda mais o poder diagnóstico.

A histerossonografia, uma variação da ultrassonografia com soro fisiológico para expandir a cavidade uterina e a vídeo-histeroscopia diagnóstica, técnica que possibilita a visualização direta, podem ainda ser solicitados de forma complementar. 

Esses exames possibilitam, ao mesmo tempo, descartar a incidência de outras patologias uterinas que podem causar sintomas semelhantes, como os miomas uterinos e as sinequias uterinas. O tratamento mais adequado para cada paciente é definido a partir dos resultados diagnósticos.

Como o pólipo endometrial é tratado?

O tratamento do pólipo endometrial pode ser apenas expectante, feito por medicamentos hormonais, por cirurgia ou com auxílio da reprodução assistida. Entenda quando cada abordagem terapêutica é indicada: 

  • Conduta expectante: é a abordagem utilizada nos casos em os pólipos são menores, não causam sintomas e não há desejo reprodutivo. Envolve apenas a observação periódica e considera o fato de que eles podem retroceder naturalmente;
  • Medicamentos hormonais: podem ser prescritos para pólipos maiores, que causam sintomas como como SUA e dismenorreia, porém não é um tratamento adequado se a mulher desejar engravidar; 
  • Cirurgia: a cirurgia é indicada nos casos em os pólipos, em maiores tamanho ou quantidade, causam sintomas mais severos, incluindo infertilidade. O procedimento, conhecido como polipectomia, tem como objetivo a remoção. É realizado por vídeo-histeroscopia cirúrgica. 

Na maioria das vezes a fertilidade é restaurada após a remoção do pólipo endometrial. Quando isso não acontece, é possível inferir que há outro motivo da infertilidade e, para obter a gravidez, pode ser indicada a fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida. 

Essa técnica prevê a fecundação em laboratório, precedida da coleta e seleção dos melhores óvulos e espermatozoides, com posterior transferência dos embriões formados diretamente ao útero materno depois de alguns dias de desenvolvimento, também em ambiente laboratorial. 

Antes de os embriões serem transferidos, o endométrio pode ser preparado por medicamentos hormonais semelhantes aos naturais, minimizando, assim, possíveis falhas de implantação. 

Mulheres que tiveram o útero removido em situações extremas podem contar ainda com uma das técnicas complementares ao tratamento, o útero de substituição ou barriga solidária, em que uma parente de até quarto grau dos pacientes em tratamento recebe os embriões formados com os gametas dos pais. 

A FIV registra os percentuais mais altos de sucesso gestacional da reprodução assistida, entretanto, como na gestação espontânea o pólipo endometrial pode interferir no processo de implantação do embrião, que ocorre naturalmente, por isso, deve obrigatoriamente ser anteriormente removido. 

Agora que você já conhece os sintomas do pólipo endometrial, compartilhe esse texto nas redes sociais e informe também aos seus amigos, uma vez que reconhecê-los contribui com o diagnóstico precoce, ajudando a evitar maiores danos à saúde reprodutiva e geral.

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2025 ©Todos os direitos reservados. O conteúdo deste blog foi elaborado pelo Dr. Gustavo André e as informações aqui contidas têm caráter meramente informativo e educacional. Não devem ser utilizadas para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no blog são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.

Diretor Técnico: Dr. Gustavo Mendonça André • CRM 117.125 • RQE 27136

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